As informações obtidas pela CPI da Covid serão enviadas ao STF (Supremo Tribunal Federal) para colaborar com o julgamento da ação em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pede a suspensão de medidas restritivas em três estados brasileiros (Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraná).
Conforme o relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), informou à coluna Painel, da Folha, ele enviará ao Supremo “subsídios técnicos” baseados nos “primeiros achados da comissão”.
Renan disse que o presidente foi e continua sendo “mais que negligente” no combate à pandemia, age com “pulsão de morte” e, por isso, há necessidade das medidas dos governadores.
Em defesa dos estados, Renan dirá ao STF que Bolsonaro negou e continua contrariando orientações sanitárias .O relator do caso é o ministro Luís Roberto Barroso. “A postura do governo federal, que continua na contramão das recomendações sanitárias do mundo inteiro, indica que o único plano do presidente Bolsonaro é aglomerar, como faz diuturnamente, à margem da ciência e do que seria necessário para proteger vidas humanas”, avaliou Renan.
O emedebista afirmará ainda que os países que se recuperam da pandemia têm regras de isolamento quando a ocupação dos hospitais chega a níveis altos. “Essa obsessão macabra do presidente [contra o isolamento], em um momento em que as UTIs estão lotadas e se avizinha uma terceira onda, faz com que os brasileiros paguem com vidas o preço de sua postura irresponsável e tresloucada”, completou.
Ainda segundo o Painel, Renan Calheiros relatou que irá se manifestar como parlamentar, não como membro da CPI, na ação assinada por Bolsonaro e pela Advocacia-Geral da União (AGU).
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